A certificação foi o principal tema do Dia de Campo que reuniu 25 técnicos e três supervisores do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte em Luisburgo nesta segunda-feira (13). O evento, realizado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Manhuaçu em parceria com o Sistema FAEMG, apresentou a startup CertifiCafé, da Novo Agro Ventures, aos participantes.
O objetivo foi mostrar as facilidades que a tecnologia oferece aos produtores que desejam selos nacionais e internacionais de certificação.
O encontro aconteceu no Sítio Dulce Marias, propriedade do supervisor do ATeG Daniel Prado e sua esposa, Dulcineia Carvalho, já certificada com o auxílio da startup. O gerente do Sistema FAEMG em Viçosa, Marcos Reis, acompanhou o evento e lembrou da agilidade do processo de certificação internacional realizado em sete propriedades em tempo recorde por meio da parceria ATeG e Certificafé.
Ele destacou a importância de a equipe conhecer esse processo simplificado e posteriormente explicá-lo aos cafeicultores. “Técnicos da regional de Viçosa e Governador Valadares viram como o processo é simples e de fácil acesso aos pequenos produtores. A ideia é que eles divulguem a ferramenta aos produtores que atendem, especialmente aqueles que estão no pós-ciclo do programa. Assim, vamos estimulando a certificação de mais cafeicultores na região das Matas de Minas em um processo simples e com pouco investimento”.
ransformação ao alcance
O CEO da CerfiCafé, Mauro Júnior, e o CMO e consultor, Luciano Oliveira, apresentaram a startup. Mauro classificou o encontro como “histórico”, pela troca de experiências e alinhamentos que podem potencializar a cafeicultura na região. “Foi um dia excelente e muito produtivo. Pudemos conversar com os técnicos e mostrar a e eles que o trabalho que eles fazem nas propriedades somado à tecnologia da CertifiCafé pode impactar positivamente a vida dos produtores. Eles podem mudar a vida dos cafeicultores e suas famílias, e transformar a história da região. Juntos podemos garantir aos produtores a sustentabilidade que o mercado exige hoje. Foi oportuno levar isso aos técnicos, trocar experiências com eles, que estão na lida com os produtores, e sabem bem sobre os desafios do dia a dia”, disse Mauro.
“Não é um bicho de sete cabeças, basta organização e gestão, pontos já trabalhados no ATeG. A ideia é conseguir identificar o maior número de produtores para vislumbrarmos mais crescimento para os grupos. Além de agregar valor com a certificação, também buscar uma exportação direta desse grupo. Estamos buscando algo mais para os produtores e agregar, além da qualidade, um valor diferenciado de venda que a certificação traz ao produto final”, comentou Daniel Prado, anfitrião da visita e supervisor do ATeG Café+Forte.
“A certificação diz a quem está consumindo que a propriedade desenvolve boas práticas agrícolas, respeita a legislação ambiental e trabalhista, entre outros. Vejo a certificação como um ganho a longo prazo, porque o preço do café oscila muito e a certificação possibilita o acesso a novos mercados, principalmente no exterior. A flexibilização no processo apresentada pela CertifiCafé é excelente, porque respeita as peculiaridades da região e se torna mais acessível”, analisou o técnico de campo Wanderlei Miranda.
O próximo passo é articular um dia de campo com os produtores interessados em iniciar o processo utilizando a ferramenta da CertifiCafé.
ESCRITO POR LÍLIAN MOURA, DE VIÇOSA SISTEMA FAEMG, SENAR